11/13/2015
Nuevo libro: "¿Qué he ganado con quererte?" de Alejandro Farias y Junior Santellán
“Una joven dibujante uruguaya está cansada de ver cómo se desperdicia el potencial narrativo de la historieta, arte que le apasiona, al contar las mismas historias de aventura, ciencia ficción y suspenso que ya se han contado una y mil veces. Por lo tanto, decide hacer la historieta más original de todos los tiempos usando como tema central la vida del hombre que la obsesiona desde pequeña: Felisberto Hernández. En su afán de saber más sobre la vida del autor, comienza a seguirlo, a espiar su casa, a revisar en sus papeles y descubre, por error, un gran secreto; secreto que hará que su vida se vuelva una de esas historietas de aventura que tanto desprecia”.
11/12/2015
"Misterios de Cuarto Cerrado" en La Bitácora de Maneco
MISTERIOS DE CUARTO CERRADO: LAS APARIENCIAS NO ENGAÑAN
Misterios de cuarto cerrado. Guiones:
Rodolfo Santullo (en base a las obras de Edgar Allan Poe, Arthur Conan
Doyle, Gilbert K. Chesterton, Jacques Futrelle y William Wilkie
Collins). Dibujos: Matías Bergara, Oscar Capristo, Lisandro
Estherren, Leandro Fernández, Juan Ferreyra, Kwaichang Kráneo, Juan
Manuel Tumburús, Roberto Viacava. Portada: Leandro Fernández. 88 páginas en blanco y negro. Pictus. ISBN: 978-987-3684-05-0. Argentina, junio de 2014.
Cuanto más
viejo me pongo, más me gusta la literatura policial. En sus dos
vertientes principales, la novela negra y la novela-problema. De la
primera, me subyuga el juicio moral que sabe echar sobre los hombres y
las instituciones. De la segunda, su capacidad para descifrar un hecho
concreto al ir desnudándolo de aquellas apariencias que nos mantuvieron
presos del engaño durante todo el relato.
Ejemplo de un
perfecto mecanismo de relojería engarzado sobre un enigma en estado
puro, la fórmula viene repitiéndose desde que Edgar Allan Poe y Gaston
Leroux la canonizaran con su trilogía de cuentos protagonizados por
Auguste Dupin y el folletín El misterio del cuarto amarillo,
respectivamente. Puede ser un artilugio degradado por el paso del
tiempo, pero cuando se lo sabe manipular, ese montaje de inaccesibilidad
real o aparente, me sigue proporcionando horas de infinita felicidad
lectora.
Por suerte (para mí), al frente de estos Misterios de cuarto cerrado
está Rodolfo Santullo, gran conocedor de los resortes del policial
(lean sus novelas si no me creen) y guionista de historietas fuertemente
asentadas en el precepto narrativo de las artes secuenciales. ¿El
resultado? Concisas y contundentes versiones de ocho clásicos de la
novela-problema (firmados por Edgar Allan Poe, Arthur Conan Doyle,
Gilbert K. Chesterton, Jacques Futrelle y William Wilkie Collins) que,
sin renegar de su cuna literaria se asumen (y expresan) como
historietas, evitando caer en la trampa de la literatura dibujada.
Gran parte del
mérito viene dado también por el reparto de dibujantes a cargo de cada
entrega: Oscar Capristo, Leandro Fernández, Juan Ferreyra, Kwaichang
Kráneo, Lisandro Estherren, Juan Manuel Tumburús, Roberto Viacava y
Matías Bergara, capaces de alcanzar una identidad gráfica común sin
perder el estilo particular que los define. Una identidad gráfica que
logra retratar la abstracción matemática del crimen como un hecho de
dinámica lógica, encarnado en el proceso intelectual del detective para
unir las piezas del rompecabezas.
Dije al
principio que, de la novela-problema, me subyuga su capacidad para
descifrar un hecho concreto al ir desnudándolo de aquellas apariencias
que nos mantuvieron presos del engaño durante todo el relato. Pero a no
confundirse, en estos Misterios de cuarto cerrado las apariencias no engañan. Otro triunfo de la historieta.
Fernando Ariel García
11/06/2015
"Cena con Amigos" en Brasil
Resenha: CENA CON AMIGOS
PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRARodolfo Santullo, Mexico D.F., 1979, é jornalista, escritor, roteirista e editor de Histórias em Quadrinhos do Grupo Belerofonte, desde 1999. Santullo já ganhou vários prêmios por seus trabalhos, como o do (Fundos Concursais para a Cultura), ofertado pelo Ministério da Educação e Cultura do Uruguai. Já Marcos Vergara, San Nicolás, Argentina, 1973, é desenhista formado pela Escuela Superior de Diseño Gráfico e Bibliotecário graduado pelo Instituto Fray Luis Beltrán. Desde 2008 faz parte do grupo de “Historietistas Latinoamericanos – Historietas Reales”.
Em se tratando da obra gráfica “Cena con Amigos” Santullo (roteirista) e Vergara (desenhista) receberam o prêmio de “Melhor Roteirista” no evento “Solano López” outorgado pela Feira do Livro de Buenos Aires, 2010. Rodolfo e Marcos se apoiaram nos relacionamentos e experiências vividas no cotidiano, para compor esta narrativa gráfica.
BREVE SÍNTESE DA OBRA
A presente resenha tratará da narrativa gráfica “Cena con Amigos”, dos autores Rodrigo Santullo e Marcos Vergara.
A obra é a primeira versão de HQs do Uruguai apresentada em Webcómic e posteriormente impressa. Nesta narrativa, Santullo e Vergara iniciam o diálogo retratando o cotidiano de um grupo de amigos composto por Cristian, Marcela, Bernardo, Silvia, Jorge, Cinthia e Germán, que partilham diversas situações que permeiam os mais diferentes grupos e esferas sociais.
Em meio a traições, morte, violações, festas, piadas, jantares, companheirismo e questionamento de caráteres, Santullo e Vergara nos embarcam na viagem deste grupo, rumo a muitas descobertas e mistérios.
Figura 1 – Foto capa da História em Quadrinhos Cena Con Amigos. Fonte: Historietasreales – https://historietasreales.wordpress.com/category/cena-con-amigos/ (2015).
A PROVOCAÇÃO FILOSÓFICA POR TRÁS DO ENREDO
Além de o tema envolver uma intriga policial, a obra apresenta uma identidade critico-reflexiva, no que tange ao comportamento social, uma vez que aborda os traços mais sórdidos da personalidade humana. Desde o início, o caráter duvidoso de Bernardo, fica exposto ao leitor, entretanto, através dos diálogos, observa-se que nenhum dos integrantes da turma tem seu caráter ilibado ou, ao menos, um histórico limpo. Nota-se, portanto, a tentativa do autor em despir toda a sociedade, no
concernente ao “politicamente correto”. O teor da obra nos remete a Nelson Rodrigues, quando afirma: “Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante”, ou seja, não há ser humano livre de desvios de caráter.
O autor deixa claro que existe um período etário de amadurecimento, no qual todo ser humano deve optar por se adequar às regras impostas pela sociedade, ou manter-se livre delas, sendo que, qualquer das opções resultará em uma potencialização do comportamento escolhido.
Figura 2 – Foto Primeira Festa na nova casa de Bernardo – p.4 Cena Con Amigos. Fonte: Historietasreales – https://cenaconamigos.wordpress.com/ (2015)
Há uma dicotomia entre as perspectivas para a mesma situação: De um lado, considerando os valores morais, pode-se encarar Bernardo como uma pessoa de má índole, porém, partindo de uma perspectiva diferente, este personagem é o único que assume sua natureza humana.
O direcionamento à reflexão mais interessante desta HQ, é a afirmação implícita de que toda falsidade e ironia são recursos utilizados para a manutenção de um grupo social, que necessita da aceitação mútua de seus integrantes.
Fica bastante clara, a potência desta *** para transmitir uma quantidade significativa de informações. Um livro puramente descritivo necessitaria de muitas páginas caso quisesse transmitir todo o conteúdo desta historieta. As imagens, aliadas aos diálogos escritos, conseguem condensar um notável volume de informações, facilitando e agilizando o entendimento da mensagem do autor.
A presente resenha não objetiva trazer à tona, a discussão sobre a terceirização do imaginário do leitor. A proposta da ilustração, neste caso, é justamente promover a clareza, para o entendimento adequado e, nota-se nitidamente, que este propósito é alcançado.
Quanto à linguagem utilizada nesta obra, os autores optaram pelo nível informal, já que tratam de temas do cotidiano de um grupo jovem.
No que tange a ilustração dos cenários e os traços dos personagens, estes são nítidos e caracterizam com realismo, cada integrante e local, bem como complementam a entonação e emoção sentida por cada individuo da narrativa.
As pinceladas em preto e branco, também contribuem para a sintonia entre os espaços da narrativa e as experiências partilhadas.
CONHECENDO O ENREDO
Tudo começa quando os colegas se reúnem na nova casa de Bernardo, para dar as boas vindas ao rapaz. À mesa, Cristian conta uma história de humor negro e todos dão muitas gargalhadas.
Logo após colocarem o papo me dia, Bernardo, o mais destemido e atrevido do grupo, comete mais um de seus gracejos desagradáveis, propiciando desconforto e desavenças entre os colegas, que não tardam em ir embora.
No dia seguinte, descobre-se que Bernardo está morto, e que este não estava sozinho no momento em que faleceu, por haver duas taças de vinho ao seu lado.
Com o passar do tempo, descobrimos que todos de certa forma, ocultam alguma informação para manterem-se bem diante do grupo, e que a relação entre eles, se dá por meio de ponderação e aparência, a fim de manter o grupo conectado.
Para esquecer todos esses desgostos e reforçar os laços, os amigos resolvem fazer uma viagem ao Glacial, a Perito Moreno, local que Bernardo tinha planejado levá-los.
Na viagem os conflitos começam a surgir e as máscaras caem. Questões como indiferenças, sexo, caráter, fidelidade, amizade e mentiras, são colocadas em cheque, para testar os limites do ser humano, frente aos laços básicos que unem os seres humanos. Por fim, Rodolfo e Marcos, parecem usar o personagem principal da história, Bernardo, um cara solitário, frio e destemido, que sem pudor, comete os mais grosseiros e vulgares atos, como uma armadilha para criar no leitor a curiosidade sobre os limites e disposição para mantermos um relacionamento “sadio”, ante a sociedade.
Ana Paula Rodrigues Ferro: Mestranda em Comunicação e Inovação – Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Graduada em Letras Língua Portuguesa e Espanhola, Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Faculdade campos Elíseos, Especialista em Ensino de Espanhol para Brasileiro – PUC. Professora do Ensino fundamental e Médio do Colégio Cristo Rei e na Pós Graduação da Faculdade de Conchas – FACON. paula_verani@hotmail.com
https://pedagogiaequadrinhos.wordpress.com/2015/06/25/resenha-cena-con-amigos/
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